Dai vós mesmos o que comer

A passagem da  multiplicação dos pães é muito conhecida por aqueles que leram os evangelhos. Resalta-se sempre o fato de Jesus ter multiplicado alguns pães e poucos peixes e alimentado uma multidão. Gostaria de ressaltar nesse post algo que Jesus diz a seus discípulos antes de fazer a multiplicação. “Por que não dai vós mesmos o que comer?”, foi o que disse Jesus a seus discípulos. Eles por sinal ficaram perplexos, primeiro com a multidão que os cercava, mais de 5 mil pessoas. Segundo, com a inversão que se dava, pois eles se dedicavam a acompanhar Jesus no seu ministério, estavam acostumados a  receber favores dos outros. Jesus esperava deles uma solução ativa do problema, dispensar a multidão não resolvia o problema central: a fome do povo. Porque eles não se sentiram capazes de ser parte da solução. De interceder por um milagre. Viram o problema, mas não viram a oportunidade de participar da solução. Assim somos muitos de nós hoje em dia. Percebemos os problemas das pessoas que estão ao nosso redor, mas não nos sentimos responsáveis por eles. Não participamos de suas dores e do desejo de resolver suas questões. Muitas vezes os mandamos embora de mãos vazias, quando poderíamos abençoá-los com um gesto, uma palavra, um abraço, um pedaço de pão. Podemos mudar nossa posição, daqueles que sempre precisam de socorro, para pessoas dispostas a ajudar o próximo.

O que fazer enquanto esperamos?

Estamos tão acostumados a fazer um monte de coisas que quando não temos o que fazer pra mudar uma situação ficamos perplexos. Em algumas situações da vida temos que esperar que algo aconteça, uma intervenção de outra pessoa ou até de Deus. Isso nos angustia, porque queremos nós mesmos resolver as coisas do nosso jeito. E em muitas situações isso não é possível. Passei recentemente uma situação assim, onde meu filho recém-nascido ficou internado por quase 50 dias na uti. Nesses dias, o que eu mais fiz foi orar e esperar uma mudança no quadro dele. Os médicos fazem sua parte, mas tem um tempo pras coisas surtirem efeito. Esperei em Deus e acompanhei o conselho dos médicos, enfim, meu filho estará de alta nos próximos dias. Agradeço a Deus por ter me sustentado e aos amigos que oraram pela minha família. Assim, aprender a esperar foi uma lição que tive que aprender. Confiar em Deus e permanecer firme na espectativa de sua graça foi um desafio de perseverança. Algumas vezes vacilante, mas sem tirar os olhos do céu, sempre aguardando resposta do Altíssimo. Obrigado Senhor.

Pra onde eu vou?

Muitas vezes a vida nos leva por caminhos que não escolhemos ou que desconhecemos seu destino. O medo e a insegurança nos deixam vacilantes e por vezes nos fazem parar. Nessas horas é bom pensar de onde viemos e o que esperávamos no começo dessa jornada. Lembrar dos bons momentos, dos amigos e pessoas queridas. Isso nos ajudará a direcionar nossas decisões e estabelecer novos rumos. Jesus nos dá oportunidade de começar de novo, de fazer tudo novo… de começar uma nova história.